quarta-feira, 6 de julho de 2011

capoeira e meu jeito de ser capoeira e minha filosofia

                                                         

a vida na capoeira

explicação dos movimentos da capoeira e mais um pouco

MOVIMENTOS BÁSICOS

JOGO

É a troca constante de base.
É uma característica da capoeira que consiste na movimentação constante de braços e pernas executados pelo capoeirista, em movimentos de vai e vem, avanços e recuos, iludindo o adversário e buscando a melhor oportunidade para desferir seus golpes.

ESQUIVAS

Jogo Capoeira

JOGO

É um movimento característico de capoeira no qual o praticante leva as duas mão ao solo subindo imediatamente as duas pernas, geralmente esticadas e caindo geralmente de pé. É sempre feito para um dos lados, sendo que possui diversas variações, pois uma das pernas ou mesmo as duas poderão, também passar encolhidas para maior defesa do corpo. A perna que dá o impulso é a perna para o lado que se vai aplicar o aú. A perna que primeiro atinge o chão é justamente a outra, que ao fim do golpe se dobra um pouco para melhor atingir o chão. Também pode ser um golpe ofensivo.
É uma esquiva em que o praticante desce ao solo, para trás, e se apoia nas duas mãos, ficando portanto com um total de 4 apoios ao solo: as duas mãos e os dois pés. Se o capoeira de locomover nesta posição, dá-se o nome de ARANHA.
É uma esquiva na qual o praticante se abaixa de frente para o adversário, com os braços protegendo o rosto, não sendo admitido que nenhuma das mãos vá ao chão. O apoio do corpo deverá ser apenas sobre os dois pés, podendo estar estes sobre as pontas ou não.
É uma esquiva que o praticante faz descendo ao solo apoiado em uma das pernas e com a outra esticada. As duas mãos vão ao chão, sendo que, se estiverem do lado da perna esticada, sua característica é quase que exclusivamente de defesa, porém se as mão estiverem para o lado da perna dobrada, propicia ao executor a oportunidade de aplicar uma rasteira logo em seguida. Em uma de suas variações, quando as mãos estiverem viradas para o lado da perna dobrada, elas poderão não ir ao solo, permanecendo à altura do rosto e do tórax, em posição de defesa.
É uma esquiva em forma de rolamento, na qual o praticante de capoeira vai ao chão, rola por cima da cabeça, mas apoiado em um dos braços que está a altura do seu rim. Ao fim do movimento, estará normalmente em posição de negativa ou resistência. Também pode ser umgolpe ofensivo.
É uma esquiva na qual o praticante desce ao solo em três pontos de apoio, os dois pés e uma das mãos. As duas pernas deverão estar dobradas e a mão que vai ao solo poderá estar por trás do corpo, pela direita ou pela esquerda. O corpo poderá estar curvado para trás ou mesmo erguido. O que caracteriza a resistência são os três pontos de apoio com as duas pernas dobradas.

GOLPES DESEQUILIBRANTES

Quando se cair em negativa, na situação em que a perna esticada estiver por trás da perna de base do adversário, dá-se um puxão com a mesma, procurando derruba-lo
É uma rasteira com a perna semi-flexionada. Aplica-se em pé.

BANDA JOGADA

É um golpe de capoeira no qual o praticante se aproxima do adversário, aplica-lhe uma batida na coxa com o joelho, prosseguindo o movimento desequilibrante com uma banda.

BANDA TRANÇADA

É um golpe aplicado estando-se em pé. Aplica-se o pé por trás do pé da perna de base do adversário. Introduz-se o joelho pela frente da perna do adversário, empurrando-a para trás e ajudando ao empurrão com o peso do corpo, para frente.

BENÇÃO

O capoeirista em base, procura atingir o adversário com a perna de trás, com a planta do pé.

CHULIPA

Aplica-se uma rasteira na frente do adversário como se quisesse derruba-lo. Se a rasteira for dada com a perna esquerda, antes de completar o giro, deve-se dar um telefone ou um galopante no oponente.

CRUCIFIXO

É um golpe no qual o praticanteao receber um pé de giro alto, ele "entra no adversário" colocando seu braço por baixo da perna elevada do oponente, lhe tirando o equilíbrio ao elevar mais ainda sua perna.

ESCALA DE PÉ

É um golpe constituído de diversas variações que buscam desequilibrar o adversário da seguinte forma básica: o praticante desce na posição de rolê ou ponte, introduz os dois pés entre os pés do adversário e puxando, abrindo ou fazendo os dois ao mesmo tempo, derruba o oponente.

GANCHO

Aplica-se com a perna em forma de gancho, puxando por trás a perna do adversário.

PAULISTA OU LETRA

O capoeirista, quando o adversário der um golpe alto, escora e entra aplicando um rapa com a perna cruzada, em forma de letra, passo conhecido no futebol.

RASTEIRA DE MÃO

É um golpe aplicado em raríssimas oportunidades. Consiste em agarrar e puxar o pé de apoio do oponente quando se estiver executando algum golpe de giro alto.

RASTEIRA DE MEIA LUA PRESA

É um golpe no qual o capoeirista agacha-se sobre uma das pernas, põe as mãos no chão e com a outra perna esticada aplica uma meia lua tradicional. Entretanto, o pé que faz o semicírculo da meia lua segue uma trajetória rasteira ao chão. Como este golpe só é empregado quando o oponente está com uma das pernas levantadas, o objetivo é alcançar a outra e com sua passagem desequilibrar o oponente.

RASTEIRA DEITADA

É um movimento de capoeira com o qual o praticante busca desequilibrar seu adversário, abaixando-se e aplicando um rapa com o pé, o pé passa rente ao chão.

RASTEIRA EM PÉ

É um movimento identico ao anterior, só que o praticante permanece de pé para efetuar o rapa com o pé. Sempre visando desequilibrar o oponente

TESOURA NO CHÃO

É um movimento no qual o capoeirista procura envolver o corpo de seu oponente com suas pernas em forma de tesoura, procurando desequilibar o adversário. A entrada pode ser efetuada de frente ou de costas, tanto faz.

TESOURA DO AÚ

Aplica-se primeiramente um aú bem próximo do adversário. As pernas se separam e envolvem-no aplicando-se a tesoura.

TESOURA VOADORA

Aplica-se contra um adversário após um salto para frente. Envolve-se o adversário com as pernas e gira-se o corpo para desequilibra-lo.

VINGATIVA

É um movimento onde o aplicante se aproxima rapidamente do adversário, coloca-se lado a lado com ele e com uma das pernas atrás servindo de apoio e um empurrão com o cotovelo para trás. A perna que fica por trás do adversário é a que estiver lado a lado com a perna do oponente.

GOLPES OFENSIVOS

ARMADA

Aplica-se estando em pé, e consiste em firmar-se com um pé no chão e com a outra perna livre, fazer um movimento de rotação, varrendo na horizontal, atingindo o adversário com a parte lateral externa do pé.

ARPÃO

Golpe desferido com o joelho contra o adversário, de baixo para cima ou lateralmente.

ARRASTÃO NEGATIVA BATENDO

É um golpe traumático. Quando cair-se em negativa na situação em que a perna esticada estiver por trás da perna de base do adversário e o pé envolvendo o seu calcanhar, aplica-se uma forte pancada, com o calcanhar da outra perna (a que está encolhida). A pancada é efetuada em forma de gancho, de fora para dentro, na parte lateral da perna do adversário.

ARRASTÃO NEGATIVA EMPURRANDO

Quando cair-se em negativa na situação em que a perna esticada estiver por trás da perna de base do adversário, aplica-se um chapa de frente com a outra perna na canela do adversário.

AÚ CHAPA DE COSTAS

Consiste na aplicação de um aú e logo em seguida cortar o mesmo, ou seja, dar um giro no corpo, batendo com a planta do pé no adversário e caindo em base de rolê.

AÚ CHAPA LATERAL

Consiste na aplicação de um aú na direção do adversário, aplicando-lhe um golpe com a planta de um ou dos dois pés, completando o movimento com um rolê.

AÚ CHIBATA

É um golpe aplicado estando-se em base de aú. Aplica-se o aú e desta posição aplica-se a chibata com uma ou com as duas pernas, ou seja, atinge-se o adversário com os peitos dos pés.

AÚ CORTADO

Consiste em aplicar um aú quando o adversário estiver no chão. Aplica-se o aú por um dos lados do adversário e quando as pernas estiverem esticadas no alto, dá-se uma torção no corpo, indo cair sobre o oponente com uma das pernas esticadas, atingindo-o com o calcanhar.

CHAPA EM PÉ

É a interrupção de uma armada ou uma meia lua presa. Encolhe-se e distende-se a perna contra o adversário. Aplica-se a armada ou a meia lua presa e no meio do giro, aplica-se a chapa em pé.

CHAPA NO CHÃO

É um golpe aplicado de frente ou de costas, tendo-se como base as duas mãos e um pé. Aplicando-se de frente e estando em negativa com a perna direita esticada, a perna que toca o adversário é a esquerda. Para aplica-la de costas, caso a negativa seja com a perna direita esticada, faz-se um meio rolê, ficando de costas para o adversário, encolhe-se a perna direita e aplica-se a pancada com a mesma. A pancada é aplicada com a planta do pé ou calcanhar, distendendo a perna na horizontal ou de baixo para cima.

COTOVELADA

Consiste em aplicar o cotovelo em qualquer parte do corpo do adversário.

FORQUILHA

É a ação de introduzir um ou mais dedos nos olhos do adversário.

ESCALA DE MÃO

Golpe semelhante ao soco. Aplica-se com a base da mão, no ombro, plexo, queixo ou nariz do adversário. A palma deve estar voltada para o adversário e a ponta dos dedos deve ser encolhidas. No ombro e no plexo, aplica-se na horizontal; no queixo e no nariz, de baixo para cima.

GALOPANTE

É um golpe traumático que consiste na aplicação de uma das mãos em forma de concha, no ouvido do adversário.

MARTELO EM PÉ

Estando-se em base, a perna de trás sobe lateralmente e flexionada, distendendo-se para tocar o adversário.

MARTELO DE CHÃO

É o martelo aplicado tendo-se como base uma das mãos no solo. A mão que vai ao solo é a oposta à perna que aplica o martelo.

MEIA LUA DE COMPASSO

É um golpe no qual o praticante agacha-se sobre a perna da frente, e com a outra perna livre, faz um movimento de rotação, varrendo na horizontal ou diagonal. Quando inicia-se o movimento de rotação, as duas mãos vão ao solo para melhor equilíbrio. Atinge-se o adversário com o calcanhar.

MEIA LUA PRESA

É a meia lua de compasso com apenas uma das mãos no chão. A mão que vai ao chão é a mão oposta à da perna que vai desferir o golpe.

MEIA LUA SOLTA

É a meia lua de compasso sem nenhuma das mãos no chão. Não se pode levantar o tronco. A posição do tronco deve continuar baixa, como se estivesse com as mãos no solo.

MEIA LUA DE FRENTE

Consiste em lançar a perna de trás, esticada, num movimento de rotação, de fora para dentro. A parte que toca o adversário é a parte interna do pé.

PISÃO

É um golpe que se aplica de pé, distendendo a perna de trás contra o oponente, em movimento de "coice". Aplica-se o pisão na horizontal ou de baixo para cima, e bate-se com a planta do pé ou calcanhar.

QUEIXADA

É um golpe traumático que se aplica de pé, estando-se em base em uma das pernas e suspendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora, visando especialmente seu queixo. A perna é deslocada e retesada e a parte que toca o adversário é a parte lateral externa do pé.

RABO DE ARRAIA

É um salto mortal dado para frente. No giro, os calcanhares visam a cabeça ou o tórax do adversário. Pode ser aplicado com as mãos no solo ou não.

ASFIXIANTE

É um golpe desferido com a mão fechada (soco), pegando entre o nariz e a boca.

VÔO DO MORCEGO

Dá-se um salto para cima, distendendo uma ou as duas pernas contra o adversário.

CONTRAGOLPES

QUEDA DE LADEIRA

É a aplicação de um contragolpe, escora ou tranco, de um golpe solto no ar aplicao pelo seu adversário, desequilibrando-o.

BOCA DE CALÇA OU ARRASTÃO

É um golpe no qual o praticante leva as duas mãos aos pés ou pernas do adversário, puxando-os com as mãos para a frente, fazendo com que ele caia para trás. Uma cabeçada ajuda a derruba-lo.

Caçuá

Contragolpe para a benção. Com a mão em forma de concha, procuramos encaixa-la no calcanhar do adversário e suspendê-lo, desequilibrando-o.

CUTILA (PALMA)

É o ato de aparar ou contragolpear um martelo com a mão fechada, contra a perna do adversário. Faz-se um movimento de giro com o antebraço, de cima para baixo e de dentro para fora. A parte que apara ou golpeia é a parte lateral externa do punho.

PASSO DA CEGONHA

Contragolpe aplicado contra a armada. Aplica-se primeiramente um tranco e imediatamente um gancho.

FLOREIOS

AÚ AGULHA

É um aú no qual o praticante leva as duas mãos ao chão subindo imediatamente as duas pernas, juntando-as no alto, esticadas. Ainda no alto, dá-se uma torção no corpo, tocando o chão com a ponta dos pés. Inicia-se o aú de lado, mas ao tocar o chão, o capoeirista estará com a frente voltada para onde iniciou o aú.

S DOBRADO

Chama-se S dobrado porque para aplica-lo necessita-se executar um movimento em forma de S ao contrário. Inicia-se com uma rasteira, com a perna esqueda, por exemplo: a perna esquerda sai de trás, perfaz três quartos de um giro, indo situar-se esticada, sem tocar no chão, no lado direito, ou seja, o lado contrário ao que se iniciou o movimento. Nesse momento faz-se dois pontos de apoio, um com a mão esquerda colocada a frente e junto ao corpo, e o outro é o da perna direita; já dobrada. Aí temos uma posição bastante parecida com a negativa, sendo que estamos de lado para o adversário, e a perna esquerda não tocando o chão. Iniciamos a primeira volta do S. Agora devemos dar um impulso para cima e para trás, rodando por cima da cabeça, tendo-se como base as duas mãos paralelas. A perna que toca primeiro o chão é a direita.

MACACO

Consiste na aplicação de um salto para trás, cujo movimento inicia-se com o agachamento, e a colocação da mão no chão, para trás, e próxima ao corpo. Dá-se um impulso no corpo para trás e executa-se um giro completo, terminando o movimento com a perna oposta a da mão que tocou primeiro o chão.

VOLTA AO MUNDO

Ritual existente na Capoeira Regional. Quando um dos capoeiristas está cansado, convida o oponente para se dar a volta ao mundo. É obrigatório acompanha-lo sendo que o que é convidado não deve atacar.

CHAMADA OU PASSO A DOIS

Ritual existente na Capoeira Angola em que se realiza uma parada com os braços abertos, ligeiramente elevados, e o adversário se dirige ao seu oponente apoiando as mãos no mesmo, e por um breve tempo caminham compassadamente pela roda até que o chamante autorize o reinício do jogo.