quarta-feira, 11 de maio de 2011

Capoeira

A capoeira é uma arte que envolve luta, dança, cultura e música. Foi desenvolvida por escravos africanos e seus descendentes no Brasil. O interessante dessa arte marcial é que ela é acompanhada por música.




















Os estilos da capoeira


Estilos de capoeira

Existem muitos tipos de capoeira. Os dois principais são a Capoeira Angola e a Capoeira Regional. Mesmo existindo grupos de capoeira com apenas um estilo, a maioria dos grupos tenta misturá-los de alguma maneira.
Capoeira de Angola
A Angola é o estilo mais próximo de como os escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, movimentos furtivos executados perto do solo, ela enfatiza as tradições da Capoeira, sua música é lenta e quase sempre está acompanhada por uma bateria completa de instrumentos.
A designação “Angola” aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de “Negros de Angola”, vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha (Vicente Ferrera Pastinha) foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola. Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros.
É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por não ter uma sistemática estruturada de aprendizado como a Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também caracteristicas como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.
Capoeira Regional
A capoeira regional foi criada por Mestre Bimba (Manoel dos Reis Machado, 1899-1974).
Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Inicialmente, Bimba chamou sua capoeira de “Luta regional baiana”, de onde surgiu o nome regional.
Manoel dos Reis Machado, conhecido por ser um habilidoso lutador nos ringues, e inclusive, ser um exímio praticante da capoeira Angola, procurou fazer com que a capoeira tivesse uma maior força como luta e fez isto incorporando a ela novos golpes. Um fato que é conhecido, é de que Bimba teria incorporado golpes do Batuque, uma luta já extinta, que era rica em golpes traumáticos e desequilibrantes. Inclusive, sabe-se que o pai de Mestre Bimba era praticante desta luta.
Há muita discussão também sobre se Bimba teria ou não absorvido golpes de outras lutas, como judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate, luta de origem francesa, para compor sua capoeira Regional. Entre os velhos mestres, essa é a opinião vigente, mas, apesar disso, eles não acham que este fato seja negativo ou descaracterizador.
A Regional surgiu por volta de 1930. Mas Mestre Bimba se preocupou não só em fazer com que a capoeira fosse reconhecida como luta, ele também criou o primeiro método de ensino da capoeira, as “sequências de ensino” que auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.
Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada oficialmente, em Salvador, com o nome de “Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia”.
Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: “A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional.”
Na academia de Mestre Bimba, a rigorosa disciplina que vigorava determinava três níveis hierárquicos: “calouro”, “formado” e “formado especializado”. Uma das maiores honras para um discípulo era poder jogar Iúna, isto é, jogar na roda de capoeira ao som do toque denominado Iúna, executado pelo berimbau. O jogo de Iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de Iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos no ritual da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe ligado no desenrolar do jogo, além do fato de destacar-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de Iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.
A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional (Luta Regional Baiana) tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, mas também existem jogos mais lentos e compassados. Apesar do que muitos pensam, na capoeira regional não são utilizados saltos mortais, pois um dos fundamentos da capoeira regional, segundo Mestre Bimba é manter no mínimo uma base ao solo (um dos pés ou uma das mãos). O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras, cabeçadas.
Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba se faz um jogo mais rápido, porém sempre com manobras de ataque e defesa (importante ressaltar que todos os golpes devem ter objetivo), mas sempre respeitando o camarada vencido (parar o golpe se perceber que ele machucará o parceiro, mostrando assim sua superioridade e humildade diante do camarada). Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio – a famosa mandinga – e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

Os golpes da capoeira

Os golpes de capoeira podem ser divididos em golpes de linha e golpes rodados, entretanto também podem ser divididos em golpes traumatizantes e desequilibrantes. Lembrando que os nomes dos golpes podem se alterar de região para região. Um mesmo golpe pode ter outro nome em outro lugar, ou um mesmo nome pode significar um golpe em um lugar e outro golpe diferente em outro lugar/região.

[editar] Golpes Traumatizantes

Os golpes traumatizantes são golpes ofensivos, golpes que podem causar danos ao adversário. Apesar de a maioria das vezes, em rodas ou treinamento o dano não é desejado, então o golpe fica apenas para incentivar a esquiva do adversário.
  • Armada ou meia-lua de costas: a armada aplica-se estando em pé. Através de um movimento de rotação, um pé fica firme ao chão enquanto o outro sobe varrendo a horizontal atingindo o adversário com a parte externa do pé.
  • Arpão: golpe no qual derruba o adversário como uma arpa.
  • golpe aplicado com a mão fechada (soco) contra o nariz e/ou boca do oponente.
  • Chapa ou chapa de chão: coice aplicado com uma das pernas estando em posição de rolê (com as duas mãos e pés ao chão, com o corpo virado para o chão e as costas para cima).
  • Chibata: estando na posição de início ou término do , o aplicante bate com o pé que está no alto batendo com o peito do pé e girando para voltar à base de ginga.
  • Corta Eucalipto: golpe caracterizado pela neocapoeira como o mais potente. Aproxima-se do oponente, vira-se tronco e braços e salta. Quando está no ar, contrai-se as pernas como uma tesoura a ser usada na perna ou na cabeça do adversário.
  • Cotovelada: golpe com o cotovelo em qualquer parte do corpo do adversário.
  • Escorão, pisão, chapa, ou chapa de frente: aplica-se em pé distendendo a perna de trás em movimento de coice acertando o adversário com a planta do pé. Este golpe pode visar empurrar (derrubando) o adversário o traumatizá-lo.
  • Esporão, chapa rodada ou chapa de costas: aplica-se o escorão, porém a perna de trás passa por trás do aplicante em um movimento de giro semelhante à armada.
  • Forquilha: é a ação de introduzir um ou mais dedos nos olhos do adversário.
  • Escala de mão: golpe semelhante ao soco. Aplica-se com a mão aberta e os dedos encolhidos utilizando a base da mão. Estando a palma da mão voltada para o adversário. Normalmente é aplicado contra a face do adversário.
  • Galopante: aplica-se uma mão em forma de concha contra o ouvido do adversário.
  • Gancho: estando em pé, a perna de trás sobe junto com um giro do tronco invertendo o lado do golpe fazendo com que o chute seja dado com o calcanhar ou a planta do pé no rosto do adversário
  • Martelo: estando em pé, a perna de trás sobe lateralmente, flexionada depois estende-se para atingir o adversário. Também pode ser aplicado com uma mão apoiando-se no chão, onde a mão que vai ao chão é a oposta à perna que aplica o golpe.
  • Meia-lua de compasso: também conhecida por rabo-de-arraia, sendo a meia-lua de compasso uma variação do golpe rabo-de-arraia que vem da capoeira de Angola. Ficando de lado, agacha-se sobre a perna da frente, estendendo a perna de trás. Faz-se um movimento de rotação varrendo a horizontal com a perna de trás esticada, apoiando-se na perna da frente, terminando em posição de ginga. O corpo do aplicante fica rente à perna da frente sobre a qual ele está agachado. O aplicante pode colocar as duas mãos ao chão para aumentar a sua segurança, ou apenas uma ou nenhuma mão.
Meia lua.gif
  • Meia-lua de frente: estando com as pernas lado a lado, lança-se uma das mesmas estica varrendo a horizontal em um movimento de rotação fazendo a trajetória de uma meia-lua. Acerta-se o adversário com a parte interna do pé.
  • Ponteira: golpe que atinge o adversário com a perna de trás utilizando a parte debaixo dos dedos, na planta do pé, semelhante ao bicão/bicuda do futebol. Normalmente, mira-se a região abdominal do adversário.
  • Queixada ou queixada de costas: aplica-se em pé, estando em base de uma perna e estendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora. A parte que atinge o adversário é a parte lateral externa do pé.
  • Rabo-de-arraia: golpe semelhante à meia-lua de compasso, porém no estilo da capoeira de Angola. Tecnicamente são o mesmo golpe, sendo um, uma variação do outro.
  • Rabo-de-arraia (2): salto mortal para frente, onde um ou os dois pés visam atingir o adversário com o(s) calcanhar(es). Também podem ser aplicado apoiando as mãos no chão.
  • Vôo do morcego ou voadora: dá um salto e estende-se uma ou as duas pernas visando atingir o adversário. Este golpe também é popularmente conhecido como "voadora".

[editar] Golpes Desequilibrantes

  • Abertura: também conhecido como escala de pé. O aplicante coloca suas duas pernas entre as pernas do adversário e abre-as e puxa-as forçando a abertura excessiva das pernas do adversário desequilibrando-o.
  • Arrastão da negativa: estando em posição de negativa, coloca-se a perna estendida atrás de uma das pernas do adversário e aplica-se um puxão, visando derrubá-lo.
  • Banda ou pé-de-rodo: estando em pé, aplica-se uma rasteira com a perna semi-flexionada. Também conhecida popularmente como "pé-de-rodo".
  • Banda de costas: também conhecida como banda trançada. Estando em pé, coloca-se uma das pernas atrás de uma das pernas do adversário, então puxa a perna podendo empurrar o adversário para frente com o corpo ou braço.
  • Bênção: estando em base de ginga, atinge-se o adversário com perna de trás, usando a planta dos pés. Assim, o aplicante empurra o adversário.
  • Boca de calça: puxam-se as duas pernas do adversário com as mãos, podendo ajudar com uma cabeçada.
  • Cabeçada: ato de empurrar o adversário com a cabeça. Também pode ser usado como golpe traumatizante, acertando com força o abdômen ou outra parte do corpo do adversário.
  • Crucifixo: ao receber um golpe de perna alta, o aplicante aproxima-se do adversário, colocando a perna do adversário sobre seu ombro. Assim, o aplicante levanta ainda mais a perna do adversário desequilibrando-o. Normalmente aplicado contra golpes giratórios altos como a armada ou contra o martelo.
  • Gancho: puxa a perna do adversário, por trás, usando a própria perna em forma de gancho. O aplicante pode estar em pé, ou apoiado em uma das mãos.
  • Rasteira de mão: puxa-se a perna de apoio do adversário quando este está aplicando um golpe (normalmente, golpe de giro alto) usando as mãos. Golpe utilizado em raríssimas oportunidades.
  • Rasteira: passa a perna rente ao chão em um movimento circular ou semicircular puxando a perna do adversário desequilibrando-o. Pode ser aplicada estando em pé ou abaixado.
  • Tesoura: envolve o adversário com as pernas e depois gira o corpo para desequilibrá-lo. A mesma pode ser aplicada no chão por trás ou pela frente. Também pode ser aplicada no alto, salta-se antes de aplicar a mesma, que também pode ser pela frente ou por trás.
  • Tombo da ladeira: golpe que visa derrubar o adversário quando ele aplica um golpe com salto ou faz acrobacias. Pode ser através de um escorão, puxão no pé, entre outros.
  • Vingativa: aproxima-se rapidamente do adversário (normalmente logo após um golpe), coloca-se lado a lado com ele e com uma das pernas atrás servindo de apoio e aplica-se um empurrão com o cotovelo, costas, ou cabeça para trás. A perna que fica por trás do adversário é a que estiver lado a lado com a perna do oponente.

Quando foi qua a capoeira surgiu no brasil e quem foi que a criou?

A história da Capoeira confunde-se com a própria história do Brasil, pois é nela que vamos encontrar as primeiras manifestações. A Capoeira surgiu do negro cativo buscando sua identificação cultural frente ao sistema da escravidão em um ambiente adverso à sua aceitação junto à sociedade dominante. Há sessenta anos a capoeira ainda era considerada ilegal, reprimida pela polícia. Essa situação gerou um ambiente propício ao desenvolvimento da sua versatilidade.

A Capoeira surgiu no Brasil no século XVI, com a vinda dos negros que aqui eram usados como escravos. Em ânsia de liberdade os negros criaram a capoeira, luta que supria a falta de força, compensando a má alimentação, numa demonstração de destreza e agilidade corporal.
Então misturavam instrumentos musicais, dança e luta, tudo ao mesmo tempo, enganando seus Senhores de Engenho. Os negros quando fugiam, iam para as matas de onde originou-se o nome Capoeira, que em tupi-guarani significa MATO RALO. O Quilombo de Palmares, localizada na serra da Barriga, no Estado Alagoas. No Quilombo todas as crianças após os 10 anos, tinha o seu início na Capoeira. A Capoeira sofreu repressão por grande parte das autoridades policiais devido aos mau caráter e chegou a ser proibida em 1839 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, e resistindo ao sistema até a sua legalização.

A Capoeira é brincadeira, é um jeito de lutar jogando, rindo, dissimulando. Tem evoluído nos últimos cinqüenta anos, saiu das sendas da marginalidade e passou a ser praticada em academias, clubes e sua presença, obrigatória em espetáculos diversos.
Tratando-se de uma cultura popular, a transmissão de conhecimentos de geração em geração vem ocorrendo de forma verbal e através da própria realização da arte. Sua expressão popular faz parte do vasto e rico legado da cultura brasileira e contém elementos de educação, arte, luta, esporte, terapia, assim como dança, lazer, folclore, história, ginástica, etc.

A arte na Capoeira se faz presente através da música, do ritmo, do canto, da expressão corporal, da criatividade de movimentos e da presença cênica. A luta representa sua origem e sobrevivência através dos tempos na sua forma mais natural, como um instrumento de defesa pessoal genuinamente brasileiro, e uma estratégia de resistência ao aniquilamento de uma cultura. Como modalidade esportiva, ela possui elementos que se identificam culturalmente com seus praticantes, despertando o interesse da comunidade em geral. A sua prática, como forma de lazer e recreação, representa eventos conhecidos na comunidade como "rodas de capoeira", sendo evidente os seus efeitos terapêuticos em termos educacionais, ocupacionais e de reabilitação.
O fim do regime escravocrata não significou a aceitação imediata da comunidade negra na vida social. Ao contrário, vários aspectos da cultura afro-brasileira sofreram violenta repressão, como a capoeira. O caso da capoeira é o mais evidente: essa forma de rebeldia, que já havia sido utilizada como arma na luta de inúmeras fugas durante a escravidão, tornou-se um símbolo de
resistência do negro a dominação. Assim o governo republicano, instaurado em 1889, deu continuidade a essa política e associou diretamente a capoeira a criminalidade, como consta no decreto 847 de 11 de outubro de 1890 com o titulo " Dos Vadios a Capoeiras". Artigo 402 - Fazer nas ruas os praças públicas exercícios de destreza corporal conhecido pela denominação de capoeiragem: pena de 2 a 6 meses de reclusão.
Parágrafo Único : É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta. Aos Chefes, ou cabeças, impor-se-á a pena em dobro.Passou o tempo e a capoeira é praticada hoje não só nas ruas, mas nas academias e escolas.

Aviso para quem quer treinar conosco ou fazer uma visita.

Eu treino em Rio das Ostras com o mestrando Figura ou o graduado Sapinho,
é no bairro Âncora  na rua das Camélias do lado de uma lan house e também estamos quase se mudando para a rua jasmim,é perto de uma e padaria princesinha III que também é perto de uma escola Padre José Dilson Dórea é só preocurar que vai achar.A nossa bandeira ?
Veja abaixo: